Alopecia Fibrosante Frontal (AFF)
O que é alopecia fibrosante frontal?
A alopecia fibrosante frontal (AFF) é um tipo de alopecia cicatricial que leva à perda permanente de cabelos, afetando principalmente a linha frontal do cabelo, as têmporas e as sobrancelhas. Essa condição é mais comumente observada em mulheres na pós-menopausa, mas também pode ocorrer em mulheres mais jovens e, em casos raros, em homens.
Diferentemente das condições temporárias de perda de cabelo, o AFF resulta na destruição dos folículos capilares, substituindo-os por tecido cicatricial. Uma vez que o cabelo é perdido devido ao AFF, ele não volta a crescer, o que torna a detecção e o tratamento precoces cruciais para controlar sua progressão.

O que causa a alopecia fibrosante frontal?
A causa exata da AFF continua desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais contribui para o seu desenvolvimento.
Algumas causas possíveis incluem:
Resposta autoimune – O sistema imunológico ataca erroneamente os folículos capilares, levando à inflamação e à formação de cicatrizes.
Alterações hormonais – A condição afeta principalmente mulheres na pós-menopausa, o que sugere uma ligação com desequilíbrios hormonais.
Genética – Alguns estudos sugerem que o AFF pode ocorrer em famílias, indicando um componente hereditário.
Fatores ambientais – Determinados produtos para a pele, protetores solares e poluentes foram investigados como possíveis fatores desencadeantes.
Como a AFF é uma condição progressiva, identificar e tratar esses fatores precocemente pode ajudar a retardar seu avanço.
Quem está em risco de sofrer de alopecia fibrosante frontal?
Embora a AF possa afetar qualquer pessoa, alguns indivíduos são mais propensos a desenvolver essa condição. Os fatores de risco mais comuns incluem:
Mulheres na pós-menopausa – A maioria dos casos de AFF ocorre em mulheres com mais de 50 anos de idade.
Indivíduos com histórico familiar de queda de cabelo – A predisposição genética pode aumentar a suscetibilidade.
Pessoas com doenças autoimunes – Condições como lúpus e distúrbios da tireoide podem contribuir para o AFF.
Uso frequente de produtos de cuidados com a pele – Alguns estudos sugerem que o uso de protetores solares ou certos cosméticos pode estar ligado ao AFF, embora sejam necessárias mais pesquisas.
Sintomas da alopecia fibrosante frontal
Em geral, a AFF se desenvolve lentamente ao longo do tempo, tornando os primeiros sintomas fáceis de serem ignorados. Os sinais comuns da AFF incluem:
Recuo gradual da linha do cabelo – A perda de cabelo geralmente começa na parte frontal do couro cabeludo, retrocedendo com o tempo.
Afinamento ou perda das sobrancelhas – Muitas pessoas apresentam perda de cabelo nas sobrancelhas, às vezes antes do início da perda de cabelo no couro cabeludo.
Vermelhidão e irritação – As áreas afetadas podem parecer inflamadas, com vermelhidão visível ao redor dos folículos capilares.
Como é diagnosticada a alopecia fibrosante frontal?
O diagnóstico da FFA requer uma avaliação completa por um dermatologista. Os métodos de diagnóstico comuns incluem:
- Exame do couro cabeludo – O médico avaliará os padrões de queda de cabelo e os sinais de inflamação.
- Tricoscopia – Um exame ampliado do couro cabeludo para analisar os danos foliculares.
- Biópsia do couro cabeludo – Uma pequena amostra do tecido do couro cabeludo pode ser retirada para análise, a fim de confirmar a presença de cicatrizes e inflamação.
- Exames de sangue – Podem ser realizados para descartar outras condições autoimunes ou hormonais.
O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento antes que ocorra uma perda significativa de cabelo.
Opções de tratamento para alopecia fibrosante frontal
Embora não exista cura para a FFA, vários tratamentos podem ajudar a retardar sua progressão e controlar os sintomas.
- Corticosteroides – Os esteróides tópicos, orais ou injetáveis ajudam a reduzir a inflamação e a atividade do sistema imunológico.
- Medicamentos antiandrogênicos – Finasterida e dutasterida podem ser prescritos para bloquear os hormônios associados à queda de cabelo.
- Hidroxicloroquina – Um medicamento oral às vezes usado para tratar a queda de cabelo relacionada a doenças autoimunes.
- Terapia com plasma rico em plaquetas (PRP) – As injeções de PRP podem ajudar a melhorar a saúde do couro cabeludo e promover a retenção do cabelo.
- Cirurgia de transplante capilar – Em alguns casos, o transplante capilar pode ser uma opção, uma vez que a inflamação esteja totalmente controlada.
O sucesso do tratamento varia, e muitas vezes é necessária uma combinação de terapias para obter os melhores resultados.
Como controlar e prevenir mais queda de cabelo
Embora a FFA não possa ser revertida, certas mudanças no estilo de vida podem ajudar a prevenir a queda de cabelo adicional e proteger o couro cabeludo.
- Evite tratamentos capilares agressivos – Tratamentos químicos, modelagem com calor excessivo e penteados apertados podem agravar a queda de cabelo.
- Use produtos capilares suaves – Opte por xampus sem sulfato e tratamentos calmantes para o couro cabeludo.
- Proteja o couro cabeludo da exposição solar – Use chapéus ou protetor solar para reduzir os danos causados pelos raios UV.
- Siga uma dieta rica em nutrientes – Vitaminas como biotina, vitamina D e ferro contribuem para a saúde do cabelo.
- Reduza os níveis de estresse – O estresse crônico pode contribuir para a queda de cabelo, portanto, técnicas de relaxamento como ioga ou meditação podem ajudar.